quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Se eu pudesse criar um museu

Se eu pudesse criar um Museu....que peças escolheria????

Propostas de coleção de objetos

A minha escolha dos três objectos, teve por base uma frase de Gard:

“Não tenham outra ambição que não seja libertar o Buda que está em vós, porque todo o Homem é um Buda em potência e alcançará, através dos Avatares mais ou menos numerosos, a iluminação."

Um Museu tem como finalidade Educar e partilhar conhecimento, tendo a humildade de perceber que ninguém o tem, apenas o mostra, o guarda e procura de certa forma aceder esse mesmo conhecimento a todos. 
O Homem divide-se em cérebro (controla ao nível biológico) e a mente (que absorve a cultura) através de experiências transformadoras da vida. E os museus proporcionam à mente o substrato cultural que a transforma e educa. O intelecto e a sensibilidade funcionam em conjunto da mesma forma que os cinco sentidos trabalham em comunhão entre si, aprendendo a "abrir" a mente, num olhar reflexivo sobre o EU.
Este museu teria a responsabilidade de angariar, manter, preservar e possibilitar a todos os que o acedessem toda a história, finalidades e objectivos das Mandalas, tanto ao nível nacional como internacional. Seria de extremo valor, a possibilidade de actividades e workshops a realizar dentro do museu para uma maior conhecimento e divulgação desta forma de representação do Eu.
Um dos objetivos da criação deste museu mandaliano, seria criar a ponte entre os três estágios de consciência (Divino, mental e físico), de forma a potencializar uma nova consciencialização do Homem. Não existem museus de consciencialização do Homem enquanto ser transcendental, capaz de alcançar estágios superiores de consciência, e por isso seria um museu diferente mas visionário (muito à frente ;)), de uma nova geração que procura encontrar respostas para o seu próprio auto-conhecimento.  
A 1ª exposição chamar-se-ia "(Trans)mutação da Civilização", na qual seriam expostas estas três peças
1ª Mandala kalachakra - representação do Divino

2ª Mandala 11#3 - representação da mente criativa
3ª Mandala feita por alunos - representação do plano físico

Através da relação entre estes três estágios, procura-se ter uma perspectiva global das várias representações de mandalas, procurar uma auto-consciência do observador que observa, reflecte e sente a própria representação, numa busca pela consciência relacional, social e colectiva.

1 - Mandala kalachackra


Uma mandala Kalachackra geralmente é feita em tecido (ras-bris-kyi dkyil-‘khor), na qual é representado bidimensionalmente o palácio da divindade e do seu ambiente. Por vezes, além de pintadas em peças de tecido, podem também aparecer num suporte de papel, e colocadas dentro de uma moldura feita em madeira, de forma quadrangular e pintada e/ou decorada, com os lados abertos e um pequeno telhado.              
2 - Mandala 11#3

Título: Mandala 11#3
Autor: Jorge lancinha
Ano: 2004
Técnica: Mista c/papel
Dimensões: 37x30
Exposição: Diário de mandalas

Esta mandala pertence a um conjunto de representações de mandalas, que abriram a exposição Diário de mandalas, do artista plástico português Jorge Lancinha. O intuito deste artista,  na representação da cruz, no centro da mandala,  corresponde ao simbolismo da divisão do mundo, numa polaridade dupla, onde os opostos se encontram, formando uma terceira energia entre eles. Este artista pretende representar as qualidades de ambos, mas ao mesmo tempo livre dessa própria contradição. Segundo o artista "É este terceiro poder que nos permite alcançar o estado de harmonização necessário para o encontro com o self."
A finalidade em expor Mandalas de diferentes artistas, seria a própria representação do Divino, por alguém que utiliza a criatividade como fonte de expressão. Neste caso, seria a ponte entre o poder mental/criativo e o poder Divino.


2 - Mandala representativa do Eu



Título: Mandala orgânica
Autor:  (aluno do 8ºano)
Ano: 2010
Técnica: Mista c/papel e materiais orgânicos
Dimensões: 30x30
Exposição: Arte e Design na Escola Sec. Romeu Correia - Feijó

Esta mandala, pertence a uma série de mandalas que a turma do 8º ano da Escola Sec. Romeu Correia, no Feijó-Almada, criou, no âmbito da disciplina de Arte e Design. Ao longo do ano lectivo de 2010/2011, foi desenvolvido o estudo e criação de mandalas, com o propósito de auto-conhecimento e reflexão sobre a forma como os alunos se percepcionavam tanto ao nível escolar, emotivo e familiar. A principal finalidade destas actividades foi proporcionar um lugar de pertença e afinidade com o meio escolar, tendo em conta a sua própria individualidade.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

" Não tenham outra ambição que não seja libertar o Buda que está em vós, porque todo o Homem é um Buda em potência e alcançará, através dos Avatares mais ou menos numerosos, a iluminação"
Gard




Falando em Museus, tive necessidade de escrever sobre Museus....E o que é na realidade um Museu?
Ao longo dos tempos vemos a necessidade do Homem em preservar determinados objectos representativos de uma época, movimentos e ideais, intimamente ligadas às tecnologias, ciências e avanços socioculturais, que possam perdurar  com a evolução da Humanidade. Assim, surgem os museus, como instituições que complementam a história escrita (nos mais diversos registos), todo o desenvolvimento histórico do Homem.
os museus funcionam como "ponte" entre o passado e o contemporâneo, complementando-o e interpretando-o, à luz de quem o observa. Actualmente, os museus são instituições públicas que permitem o acesso a todos, embora nem sempre fosse assim. Até ao final do séc. XVIII, apenas a classe social mais alta teria acesso a tudo o que fosse relacionado com a cultura e a Arte. Tanto os palácios como as Igrejas, eram detentores de tamanha riqueza artística. Como consequência da Revolução Francesa, os museus tornaram-se instituições públicas e que serviriam de "instrumento moderno de cultura". Ou seja, ao observarmos o nosso passado (Homem), estudando-o, interpretando-o e recontando-o a cada momento actual, de forma a manter viva a chama de uma época que apesar de longínqua, se mantém tão presente nas nossas vidas. Só conhecemos o presente se compararmos com o nosso passado. E na realidade o que é um museu? Qual a sua função? Não é mais que educar….Educar e partilhar conhecimento, tendo a humildade de perceber que ninguém o tem, apenas o mostra, o guarda e procura de certa forma chegar a todos…possibilitar esse mesmo conhecimento a todos.  O Homem que se divide em cérebro (tudo controla ao nível biológico) e a mente (que absorve a cultura) através de experiências transformadoras da vida.

E os museus proporcionam à mente o substrato cultural que a transforma e educa.
E quando não temos cultura…ou simplesmente somos desfazados de cultura…o que isso implica no próprio Homem? O resultado disso é não ter referências de comportamentos, enveredando por caminhos errados. penso que este seria o caminho mais apropriado do próprio museu actualmente.  Aproximar os jovens, para um "gostar" nacionalista, um apreender com a cultura e através dela, para crescer. para a mente se formar precisa de encontrar referências e os museus através de todas as obras e conhecimento cultural e sócio-artístico podem transformar as mentes em experiências educativas diferentes.
Eu ouvi uma frase que não sei de quem é…mas adorei e ficou-me na memória "as obras de arte não falam por si só, não vencem a barreira da ignorância das pessoas…."e é verdade….para isso necessitam dos museus, porque não basta aprender os movimentos ou artistas, mas sim funcionar como intermediários entre a obra e o observador (ir ao encontro da sensibilidade de cada um). O intelecto e a sensibilidade funcionam em conjunto da mesma forma que os cinco sentidos funcionam em comunhão entre si.
para existir diálogo tem de existir uma base de pedagogia. Através desse diálogo se constrói o conhecimento. Observar, não é olhar…deve-se aprender a "VER", a interrogar, a questionar, a  abrir a mente, sem preconceitos….um "VER" reflexivo. Cada um tem uma experiência estética diferente, cada obra fala para nós de forma diferente. E é essa a experiencia transformadora que traduz e transforma as pessoas.  Ou seja, o Museu é apenas um pretexto…para se ter uma atitude diferente, de aceitação da aprendizagem, da diversidade, logo é ele um local de aprendizagem, pois proporciona uma experiência estética…um impacto transformador dentro da sensibilidade de todos nós…. em vez de também eles (museus) pararem no tempo como as obras….


Uma viagem pelo Museu de Arte Antiga.....
aconselho vivamente a quem não conhece..a ir....observar as nossas líndissimas obras portuguesas e no fim....

beber um café no jardim e deixar a mente voar pela imensidão da paisagem.
tantas foram as vezes que fiz este pequeno gesto. Tantas vezes fui para este jardim encontrar-me e reecontrar-me....tantas vezes a minha mente voou e a minha alma saiu deste corpo e viajou.....

Numa outra vida, em que tudo me prendia a Lisboa... hoje mais calma, com menos stress, já não bebo café neste jardim lindíssimo, mas sim junto à praia, na esplanada e encontro-me de novo com o mar....com a água e liberto-me.


deixo-vos os meus segredos...porque este último mês, recordei o meu Museu, revivi os meus momentos e bebi um café esplêndido no meu jardim encantado e para poder levar comigo uma lembrança desenhei mandalas de recordação das peças que mais me marcaram nesta última visita.

P.s. aconselho vivamente a darem atenção

- cruz processional de 1214 (peça mais antiga do Museu de Arte Antiga) é lindíssima, extremamente simples e deem especial atenção à sua parte detrás e não revelo mais nada....
- a escultura de Bothisava, do séc. VII.....é simplesmente encantadora e magnetiza o nosso olhar
- e a mandala /medalhão de Andrea Sansovino, da Oficina della Robbia, da Virgem com o menino

estavam à espera que vos convidasse a ver os paíneis e a custódia??? Muito enganados! ;)

Porque eu Margarida já um dia fui assim... sem cor....

e por incrível que pareça ...retrataram-me assim


e hoje sou uma margarida virada à luz...ao Sol.... à espera que ele me ilumine com os seus raios e me aqueça ...


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Esta música ficou-me no pensamento este último mês.... é como a chuva de hoje...demasiado intensa...demasiado triste...demasiado tudo....
Assim como a trovoada provoca a mim refúgio e um constante reviver os meus mais secretos pensamentos.

Assim as últimas mandalas se tornaram para mim....mais pequenas, mais contidas, mais secretas...
onde tenho vontade de as trazer sempre comigo...como talismãs...
                                             
Gilberto Gil - Trovoada

O ronco da trovoada
Estremece os corações
Nas capitais dos estados
Nos pequenos povoados
Lá pros lados dos sertões

Quando o tempo faz zoada
Na voz grave dos trovões
Eu acho que alguém já disse
Que é como então se abrisse
a jaula para os leões
Estremecem os corações

Acredite se quiser
Que o Cavaleiro das luas e das estrelas
Abriu o céu, desceu e me ofertou
Um livro aberto na página brilhante
Que nesse instante uma poeira iluminada
me assustou
Falava de Andrômeda,
A dona da constelação do Escorpião,
Falou da outra estrela na ponta do Cruzeiro,
Falou das quatro luas
A nova, a que cresce, a cheia e a que diminui
Que a primeira, quando se esconde na escuridão,
é de mentira, pra nos tomar o coração
Me ensinou coisas que vi
E que nem são daqui
E, de repente, acordei com o ronco...
 


Hoje a chuva cai lá fora….os trovões assombram-me e tenho um pavor enorme deles.
Desde pequena, que me incomodam…
o som que fazem, trespassam-me a alma…
e vibram dentro de mim…
tanto se diz e tanto se escreve, que esta chuva serve para lavar a alma........
deixar para trás o que não nos serve...
aceitarmo-nos como seres individuais e
consciencializarmo-nos dos nossos erros e virtudes...
deixarmos o passado e vivermos o presente
e a mim....???
a mim faz-me perder coisas a que me apeguei....
faz-me sentir perdida no meio de tanta chuva...
faz-me sentir receio desta chuva, desta trovoada
e de que algum raio me atinge e me fulmine...
quando quero tanto viver o que ainda não vivi...
faz-me querer refugiar-me no vale dos meus lençóis
na minha segurança
e entristece-me em vez de me fascinar...
e anseio que pare...
e que venha de novo o Sol iluminar-me


 
 
 

sábado, 5 de novembro de 2011

O meu trabalho de casa era estudar o mapa astral de uma amiga minha....a Raquel....ultrapassei as barreiras e analisei o seu mapa astral em mandalas....apesar de ela ainda não ter visto esta mandala, acho que vai adorar..... Fica a surpresa para a próxima aula de astrologia ;)


ela adorou....e epelos vistos j+a tenho encomendas....Quem diria....;)
A minha mandala já está acabada...já está há uns dias...mas estes dias têm exigido muito de mim....muito da minha pessoa.

Os pensamentos, as dúvidas, as exigências que as pessoas nos fazem a querer que tomemos decisões demasiado exigentes de nós próprios, levam-nos por vezes a procurar o silêncio e uma paz mais reconfortante. Porque será que as pessoas complicam tudo e exigem aos outros tomadas de atitude? Quando só queremos que fiquem ao nosso lado e nos acompanhem????

Como é que eu poderei relacionar-me com os outros se por vezes é tão difícil relacionar-me de forma positiva comigo própria?

Hoje ouvi uma frase que me ficou na memória de daniel Goleman sobre a inteligência emocional
"é a capacidade de reconhecer os nossos sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerirmos bem as emoções em nós e nas nossas relações"

E a verdade é que enquanto não conseguirmos gerir as nossas emoções não conseguiremos gerir as das nossas relações, sejam elas passadas, presentes ou até mesmo as futuras.

E essa é a aprendizagem que fazemos ao longo das nossas vidas, através das nossas experiências, utilizamos toda essa energia que vem repleta de recursos, de informações, saberes, conhecimentos e experiências e transformamos em emoções vivenciais e de aprendizagem de nós, sobre nós e com o outro.


cada vez mais convencida que são cartas de Tarot...estas minhas mandalas. Esta representa um imperador, mas astrológico

São mandalas Tarot/astrológicas

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tenho aprendido bastante nas aulas de astrologia....e acredito que cada vez mais as mandalas se transformam em símbolos e signos astrológicos, tentando contar-me uma história....

deixo-vos com fotografias do meu bloco diário das minhas aulas de astrologia, onde deixo os meus desenhos fluirem e arranjarem a sua própria significação.




















Acabei a última mandala dos meus sonhos....

Convencida que são cartas de Tarot mandalianas..... ;)