quarta-feira, 19 de outubro de 2011

"Não tenham outra ambição que não seja libertar o Buda que está em vós, porque todo o Homem é um Buda em potência e alcançará, através dos Avatares mais ou menos numerosos, a iluminação "

(Gard)

Hoje tirei o dia para continuar esta minha viajem pela minha tese de mestrado...





Segundo Jung, a importância das “imagens arquétipicas”, estabelecem a consciencialização das deidades mitológicas que habitam o nosso inconsciente colectivo. Esta mitologema[1], não é mais do que a representação típica do herói mitológico.
Poderemos então considerar que a nossa busca, o nosso propósito de vida será esta demanda incansável pela nossa representação de herói mitológico ou do que procuramos no Outro, como herói?! De que forma a nossa própria consciencialização poderá esclarecer as nossas questões mais profundas e existenciais? Esta libertação de padrões inconscientes que atrasam e retraem a acção de cada um, em caminhos e percursos de realização pessoal e de consciencialização no Outro ou no grupo, poderá ser apenas para alguns? A iluminação (Bodhi) do que é iluminado (Buda), poderá se traduzir apenas no entendimento pessoal ou na observação do grupo? Ou se todos optarmos por este caminho seremos todos iluminados e a própria consciência pessoal, reflectirá a consciência do colectivo?
perguntas como estas, atrasam-nos no nosso caminho, na nossa auto-consciência…procuramos respostas em tudo o que nos rodeia…sejam nas nossas atitudes, na forma como os outros nos vêm (bem ou mal), ou através de ciências esotéricas e místicas. A hora em que nascemos, estabelece a intenção pura do nosso desenvolvimento nesta vida, ao que nos propomos. O sol encontra uma casa (no mapa astral) representando o nosso Consciente, mas que poderá sofrer bloqueios por parte de outros astros.
Será possível cada um de nós desbloquear cada uma destas tensões sem perder a nossa identidade ao ser "iluminada" por esta consciencialização e aprendizagem sobre o meu verdadeiro Eu?
Será possível que a nossa procura de um herói mitológico não seja mais que um pretexto de abarcar um vínculo directo com a nossa espiritualidade?
Ao olhar para o meu mapa astral vejo que Vénus se encontra em conjunção com Marte, numa relação de harmonia e segundo o João Medeiros (confere poder criativo e sentido de individualidade).
mas ao perceber cada um significado ou cada um dos heróis mitológicos que cada um representam:
Vénus: mulher princesa, mulher amante
Marte: Homem - guerreiro e de masculinidade
noto que existe uma dualidade interior onde procuro viver um amor independente mas ao mesmo tempo necessito de reconhecimento e  procuro impor a minha identidade??? Onde sou Touro e sou extremamente resistente á mudança e sou demasiado materialista ao mesmo tempo que estes dois astros ao estarem em carneiro se tornam demasiado explosivos e competitivos…..
E no final de todo este entendimento, serei eu capaz de não perder a minha individualidade e identidade??


[1] Mitologema é uma representação de valores e sentidos atribuídos em torno de temas mitológicos.



Serei eu uma Hera??? 
" irmã e esposa de Zeus, Rei dos deuses, e rege a fidelidade conjugal. Retratada como majestosa e solene, muitas vezes coroada com os polos (uma coroa alta cilíndrica usada por várias deusas), Hera pode ostentar na sua mão uma romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte... Retratada como ciumenta e agressiva contra qualquer relação extra-conjugal, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, tanto que tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê. .. Hera era muito vaidosa e sempre quis ser mais bonita que Afrodite, sua maior inimiga. Irmã e esposa de Zeus, a mais excelsa das deusas, é representada na Ilíada como orgulhosa, obstinada, ciumenta e rixosa. " in Wikipédia

 e quem procurarei eu???? quem será o meu herói mitológico???

alguém que seja doce e calmo??? (como um Touro manso???) ao mesmo tempo que guerreiro e sem medos (como um carneiro??)

Perguntas e mais perguntas sem respostas para dar



Sem comentários:

Enviar um comentário